O concelho do Cartaxo é uma das zonas do país onde se registam mais casos de paramiloidose. O número de pessoas afectadas tem vindo a aumentar.O número de doentes com paramiloidose na sub-região da Lezíria do Tejo continua a aumentar. O alerta foi deixado sexta-feira pelo presidente do núcleo do Cartaxo da Associação Portuguesa de Paramiloidose, Virgílio Ferreira.

A região é uma das zonas do país com mais casos diagnosticados da chamada “doença dos pézinhos”. De acordo com as estatísticas existe pelo menos meia centena de portadores, número que, segundo os especialistas, está “sub-avaliado”.

A freguesia de Valada, no concelho do Cartaxo, onde se registam vários casos, é um dos focos da doença, mas Virgílio Ribeiro diz que já foram detectados novos casos em famílias de outras freguesias, como Ereira, Lapa e Cartaxo.

A “doença dos pézinhos” é uma patologia mortal que se caracteriza por um erro genético hereditário que incide sobretudo no sistema nervoso periférico, afectando mais tarde a locomoção dos doentes.

No encontro nem tudo foram más notícias e ficou-se a saber que o medicamento que impede o desenvolvimento da paramiloidose está a ser desenvolvido por especialistas ingleses e pode começar a ser comercializado até ao final deste ano. Esta foi uma das novidades deixadas pelo médico inglês Mark Pepys, da Royal Free & U. College Medical Scholl).

O objectivo do tratamento é eliminar do organismo os depósitos de amiloide (a proteína responsável pela doença) e eventualmente provocar a regressão da patologia, caso os níveis da proteína não sejam muito elevados.

“Estamos a tentar melhorar as dosagens e a forma de administração. Estamos optimistas porque conseguimos uma nova abordagem, mas não demasiadamente optimistas”, salientou o investigador inglês.

Até agora o único método que a comunidade científica pode oferecer às pessoas portadoras de paramiloidose é o transplante hepático (fígado) que impede a evolução da doença.