Satânico é meu pensamento a teu respeito e ardente é o meu desejo de te apertar na minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite quente e calma chegara a ser angustiosa.

Apareceste e, nesta cama, aconteceu. Sorrateiramente aproximaste-te sem o mínimo de pudor. Encostáste o teu corpo sem roupa ao meu corpo nú. Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos, até os mais íntimos lugares jamais tocados do meu casto corpo.

E adormeci... Hoje, quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão. Deixaste provas irrefutáveis do que ocorreu na noite que passou. Grandes manchas no meu corpo e o alvo lençol salpicado de sangue.

Esta noite recolho-me mais cedo para, na mesma cama, te esperar. Oh! Quando chegares, nem quero pensar com que perspicácia, avidez e força te quero pegar para que não escapes mais de mim.

Em minhas mãos te quero apertar até ao fim. Não haverá parte do teu corpo que os meus dedos não passarão. Só descansarei quando vir sair sangue quente de ti.

Só assim me livrarei de ti, melga filha de uma grande puta!!!

Um grupo de marinheiros do século XVII tinha muita consideração e admiração pelo seu capitão que era um homem de muita bravura. De tanta que até lhe deram o cognome de "Capitão Bravo". Sempre que apanhavam pelo mar barcos piratas ele nunca perdia uma luta. E conseguia incitar todos os seus homens vestindo uma camisola vermelha. Um dia um dos seus marinheiros perguntou-lhe porque é que ele fazia sempre o mesmo ritual antes de cada luta, o de vestir a camisola vermelha, e incitava os seus homens. Ele respondeu, explicando que envergando uma camisola vermelha, se fosse atingido os homens nunca veriam o seu sangue, e mesmo que estivesse a morrer eles não o vendo ferido, continuariam a lutar sem se desmoralizarem.
Aí estava o segredo para tanta vitória contra os piratas! O marinheiro adorou a explicação e ainda achou mais valente o seu capitão. Um belo dia andavam eles no mar, quando se ouve o vigia a gritar que no horizonte estava um navio pirata. O capitão pega no monóculo e qual não é o seu espanto ao ver que, em vez dum navio pirata, eram para aí uns quinze ou vinte navios.
E eis então que o capitão grita para um dos seus homens: - Vai reunir todos os homens... e traz-me aquele par de calças castanhas!!!</p>

Mas que estranha retoma, quando se é constantemente bombardeado com publicidade de um grupo bancário português, que "oferece" a possibilidade de se adquirir a crédito... os livros e outros materiais escolares para os filhos. E isto depois de a ida de férias já poder ter sido financiada dentro do mesmo espirito. A retoma portuguesa, sem ser especialista o digo, deveria ser como o Sol: quando nasce é para todos. Mas a realidade está bem longe daquilo que se apregoa.
Pobre retoma a nossa, portanto

A Causa das Guerras
Causa das guerras: cada homem, cada grupo humano sente-se, com todo o direito, mestre legítimo e possuidor do universo. Mas esta posse é mal entendida, por desconhecimento de que o acesso - tanto quanto é possível ao homem sobre a terra - passa, em cada um, pelo seu próprio corpo.
Alexandre está para um camponês proprietário como Don Juan para um marido feliz.

Contento-me com a Simpatia
Eu aprendi a contentar-me com a simpatia. Encontra-se mais facilmente e, depois, não nos impõe nenhum compromisso. «Creia na minha simpatia», no discurso interior precede imediatamente «e agora ocupemo-nos de outra coisa». É um sentimento de presidente de Conselho: obtém-se muito barato, depois das catástrofes. A amizade é menos simples. A sua aquisição é longa e difícil, mas, quando se obtém, já não há meio de nos desembaraçarmos dela, temos de fazer frente.