
EMÍDIO GUERREIRO
«Um misto de Dom Quixote e Che Guevara»
De todos os quadrantes da sociedade portuguesa surgem reacções de pesar à morte de Emídio Guerreiro. O grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, recordou o fundador do PPD (actual PSD) como um misto de Dom Quixote e Che Guevara.
O grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), António Arnaut, afirmou hoje que a morte de Emídio Guerreiro põe «o país e a maçonaria em luto de saudade e gratidão».
Emídio Guerreiro, fundador do PPD e activista anti-fascista, morreu hoje aos 105 anos, em Guimarães.
António Arnaut explicou que o luto por Emídio Guerreiro é «muito especial», pois é por um homem que «teve uma luta longa e plena e partiu com os seus deveres cívicos cumpridos».
«Não há lugar para outra coisa além da saudade», disse António Arnaut, que recorda Emídio Guerreiro como «um misto de Dom Quixote e Che Guevara».
António Arnaut afirmou que conheceu Emídio Guerreiro em 1975 e que já nessa altura ele era «um mito».
«Cumpriu o dever de honrar a pátria e a humanidade», disse António Arnaut, reconhecendo no feito um dos objectivos da maçonaria, a que Emídio Guerreiro pertencia.
Exemplificando a grande humanidade do «amigo», António Arnaut revelou que, no final da sua vida, Emídio Guerreiro doou todos os seus bens à Misericórdia de Guimarães.
«Emídio Guerreiro partiu para o Oriente eterno», disse o grão-mestre do GOL, utilizando a linguagem maçónica.
Vasco Lourenço elogia «percurso de luta pela liberdade»
O coronel Vasco Lourenço elogiou o «percurso de verdadeira luta pela liberdade» de Emídio Guerreiro e sublinhou que «o seu pensamento vai continuar» para além da sua morte.
O fundador do PPD e activista anti-fascista Emídio Guerreiro morreu hoje aos 105 anos em Guimarães.
Em declarações à Agência Lusa, Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, considerou que Emídio Guerreiro «era um homem com 'H' grande», que «renasceu com o 25 de Abril, como ele costumava dizer», pois «foi isso que lhe permitiu regressar ao seu país depois de 40 anos de exílio».
Vasco Lourenço afirmou também que com a morte de Emídio Guerreiro «Portugal fica mais pobre» e a Associação 25 de Abril, da qual era sócio de honra, «fica muito mais
( AGÊNCIA LUSA )