
Entendemos que a memória deve servir de pedagogia e, na sua dialéctica assunção, proporcionar aos que não viveram estes acontecimentos, um claro conhecimento através dos testemunhos daqueles que os viveram e sofreram.
Por esse facto, o Museu Municipal de Benavente idealizou esta exposição, pedindo a colaboração de antigos combatentes, naturais do município, no sentido de cederem fotografias que testemunhassem a sua passagem pelo conflito colonial. A adesão à ideia inicial por parte da população ultrapassou todas as expectativas, conseguindo-se dessa forma reunir um número muito significativo de fotos e outros elementos testemunhais que em muito contribuíram para tornar abrangente a referida exposição. Do espólio recolhido, foi possível seleccionar 150 fotografias (as mais significativas), aumentadas para tamanho A4, que nos dão do conflito, a imagem do vivido em território estranho e em situações limite, por uma geração que de todo desconhecia o terreno e o substantivo da guerra para a qual foi chamada a participar.
O livro As Feridas Invisíveis Crónicas de uma ida à Guerra, de Silva Martins, dão-nos, em tom de relato intimista, toda a dimensão do horror vivido pelos militares mobilizados para Angola em 1961 que tiveram a missão difícil e quase humanamente insuperável de ter de enfrentar uma guerra para a qual não estavam preparados técnica, militar e psicologicamente, em terreno hostil e perante um povo que de todo desconheciam.
Horário da exposição:
de terça a sexta-feira - das 09.00h às 12.30h e das 14.00h às 17.30h
aos sábados das 14.30h às 18.30h
Fonte : Câmara Municipal de Benavente