"cinco euros (...por dia...) é um preço razoável que "nem sequer paga a refeição" que o utente consome quando internado nas unidades do SNS e pouco mais é do que um maço de cigarros ou o mesmo que um bilhete de cinema"
E disse isto porque na sua lógica um maço de cigarros e um bilhete de cinema têm em comum com o internamento hospitalar vários aspectos : são baratos, são um luxo, são um meio legítimo de o estado diminuir o prejuízo causado pelo consumidor.
Estas declarações ou "bocas" conforme outros lhe chamarão, a par das "reformas sociais" impostas pelo actual Governo da República Portuguesa, revelam de uma forma muito clara de qual é hoje o dever de um bom político. O bom político é, no entender desta equipa ministerial,o supra-sumo,o "mais que tudo", o arqui-defensor desse bem supremo e delicado que é "o estado" das incursões bárbaras de um bando de terroristas facínoras apelidado de "contribuintes". O Estado sofre de um mal terrível. E esse cancro que o corrói é o parasitismo exercído por parte dos "contribuintes" e portanto há que, em nome do bem estar e salubridade do estado, "sacar o máximo a esses debochados" que apenas procuram "usufruir gratuitamente dos luxos proporcionados" pelo estado aos contribuintes.
Nós,enquanto contribuintes temos ainda a "despundorada ousadia" de julgar que o facto de pagarmos taxas, impostos, contribuições nos dá algum direito sobre a decisão que quais as regalias que o Estado nos pode ou não conceder.
Nada como uma boa "Teoria da Conspiração" sobre os internamentos hospitalares e o pagamento dos "primeiros quinze dias"...
Nada que uma pequena dose de ironia não cure ou não evite uma ida para internamento hospitalar...
As minhas desculpas,senhores do Governo,por esta minha "Teoria"...